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Ao trabalhar com um agente de cargas, há uma série de diferentes opções de serviços que você precisa estar familiarizado com a garantir que obtenha o serviço que você espera. Para fazer isso, existem 2 termos que você deve familiarizar-se: CY e CFS. CY significa Container Yard (Pátio de containers) e CFS significa Container Freight Station (Estação de Carga de Containers).

Quando um agente lhe fazer uma cotação, ele provavelmente vai querer saber se você deseja um serviço “porta a porta” ou se você quer a mercadoria chegue somente ao porto de destino, onde você será responsável por mover os bens do porto para a sua localização final.

CY / CY
Este serviço é considerado de “porto a porto”. A carga é embalada no local do exportador e, por vezes, no armazém do agente de cargas, dependendo do seu contrato. O exportador é quem envia a mercadoria, e você, a recebe. A carga será entregue no porto de destino.

CY / CFS
Este serviço é considerado “porto a porta”. Assim como o CY / CY, a carga é embalada no local do exportador e, por vezes, no local do agente de cargas, dependendo do seu contrato. No entanto, no lado do destino, o container é esvaziado na estação de cargas de contêineres da transportadora. É de sua responsabilidade, como importador, tomar esta carga solta e movê-la a partir do porto de destino para a sua localização final, mesmo que seja um armazém, centro de distribuição, local de varejo, etc.

CFS / CY
Este é considerado um serviço “porta a porto”. Você deve usar esse serviço se a sua fábrica entregar a carga solta, ou a carga em um container que não é o de transporte final para o porto. Seu agente, então, agrupa os produtos na embalagem de expedição. No lado do destino, sua carga será entregue nesses recipientes para a sua localização final.

CFS / CFS
Este é considerado um serviço “porta a porta”. Neste caso, a carga será entregue solta à porta de transporte, embalado no recipiente pelo agente, e desfragmentada no porto de destino. O importador é responsável por organizar a recebimento da carga no porto de destino e movê-la para a localização final.

Entender esses serviços é crucial para garantir que você receba o serviço que você está esperando. Muitas empresas que são novas para a importação nem sempre compreendem as suas responsabilidades no porto de destino. Em particular, se você estiver usando um CY / CFS ou CFS / CFS, você precisa entender quanto tempo você tem no porto de destino para pegar sua carga antes de taxas começam a ‘correr’. Você também precisa ter certeza de que sabe o o quanto vai demorar para tomar posse da sua mercadoria para se certificar de que tem o material preparado.

Por Murilo Bernardi.

Gosto de compartilhar com vocês as minhas experiências e conhecimento. Nem é de se admirar que fui professor por alguns anos. Sim, fui English Teacher, uma experiência maravilhosa e enriquecedora.

Bom, mas o que eu me propus a falar não é sobre mim, e sim sobre o embarque de mercadorias perigosas no modal aéreo.

Imagino que alguns de vocês já utilizem o modal aéreo nas suas importações e / ou exportações, mas caso você seja um estudioso ou apenas um interessado em entender um pouco mais sobre, lá vai uma breve explicação sobre a regulamentação do transporte aéreo.

A organização que regulamenta o transporte internacional de cargas neste modal é denominada IATA – International Air Transport Association.
Foi fundada em 1945, em Havana – Cuba, para representar as companhias aéreas em todos os assuntos relacionados a aviação.

Atualmente conta com a participação de 117 países, e um total de 265 companhias aéreas. Existem mais de 400 parceiros estratégicos e 100.000 agentes no mundo.

Mas, voltando para as mercadorias perigosas, ou Dangerous Goods, foi desenvolvida pela IATA uma publicação que regulamenta o transporte destes materiais, e que é chamado de DGR – Dangerous Good Regulations – Regulamento de Cargas Perigosas.

De acordo com esse regulamento, existem 09 tipos de mercadorias perigosas, conforme abaixo:

  • Class 1 Explosives (explosivos)
  • Class 2 Gases (gases)
  • Class 3 Flammable Liquids (líquidos inflamáveis)
  • Class 4 Flammable Solids (sólidos inflamáveis)
  • Class 5 Oxidizing Substances (substâncias oxidantes)
  • Class 6 Toxic and Infectious Substances (substâncias tóxicas e infecciosas)
  • Class 7 Radioactive Material (material radioativo)
  • Class 8 Corrosives (corrosivos)
  • Class 9 Miscellaneous Dangerous Goods (mercadorias variadas e mercadorias perigosas)

Para cada classse existem normas específicas quanto a embalagem, etiquetagem, acomodação na aeronave, tipo de aeronove a ser utilizada para o transporte, bem comotratamentos específicos pré-embarque.

Mais pra frente nós podemos conversar sobre isso novamente, ou tomamos um café também.

Até a próxima!

Por Tiago Todeschini.

Alguma vez o seu embarque aéreo de importação levou mais tempo que o previsto?
Alguma vez o seu embarque aéreo ficou aguardando “mais cargas para consolidar o caminhão” no aeroporto de chegada no Brasil?

Sim né?
Eu sei porque isso acontece.
Vem comigo:

Normalmente, os embarques aéreos de importação entram no Brasil através de conexão no aeroporto de Guarulhos, e, a partir de desse ponto, com DTA rodoviário / via truck, seguem até os aeroportos de destino final, como por exemplo Porto Alegre ou Curitiba.

O trajeto via truck no território nacional ajuda a reduzir a tarifa e valor final do embarque aéreo.

Caracterizado por tarifas menores, esse serviço é oferecido para cargas e embarques com urgência moderada, pois para que essa remoção com DTA possa acontecer, ela precisa passar pela análise e ser concedida pela RFB e também fica sujeita a disponibilidade de outras cargas.

Mas e se….só por um embarque, seu aéreo precisasse ser AÉREO MESMO? Do início ao fim do embarque?!

Em embarques onde o transit time precisa ser menor, sem margem para atrasos, é possível contratar o serviço de remoção com DTA Aérea até o aeroporto de destino final do AWB. Com diversas vantagens e sendo largamente utilizado em épocas de greve da RFB.

Abaixo listo alguns dos benefícios deste serviço de DTA Aérea:

Vantagens DTA aérea:
•    DTA concedida automaticamente, sem necessidade de passar pela analise da RFB em GRU, ou seja, independe da RFB mesmo em caso de greves;
•    Ideal para cargas mínimas pois a diferença é muito pequena entre o serviço rodoviário x aéreo;
•    Redução no tempo de trânsito. Estimado em 02 dias de trânsito no rodoviário + tempo da concessão pela RFB;
•    Tempo de conclusão de transito reduzido pois o serviço rodoviário depende de fiscal da RFB para deslacrar veículo;
•    Menor risco de avarias para cargas mais sensíveis ou de maior valor agregado;

Lembre-se de sempre avaliar e comparar serviços iguais na hora da contratação no modal aéreo.
Em alguns casos, nem sempre a informação das conexões pelas quais a carga vai passar, e se a carga terá remoção aérea ou rodoviária está clara nas cotações de frete.

Fique esperto, seja esperto, avalie, analise.
O bom andamento dos negócios da sua empresa depende do quanto você entende de logística internacional também.

Por Tiago Todeschini.

No transporte de cargas marítimo, são utilizados containers padronizados. Os de 20 ou 40 pés são os mais comuns. Acomodam, respectivamente, 30 m³ ou 20 tons e 60 m³ ou 25 tons, no máximo.

Um container FCL (full container load) é utilizado por aqueles que têm uma grande quantidade de produtos para enviar. Se você tem mercadorias frágeis – como máquinas, por exemplo -, este pode ser um fator decisivo a favor dos embarques FCL. Além disso, seus bens serão todos entregues juntos, prontos para ser desembalados ou rapidamente transferidos para um caminhão ou trem até o seu destino final.

Já o container LCL (less container load), é um container não totalmente carregado. Nos embarques LCL, você paga para sua carga ser enviada com uma ou demais cargas de outros clientes utilizando o mesmo serviço do armador. Se você sabe que suas mercadorias não preenchem um container de 20 pés, o embarque LCL é a opção mais prudente em termos de custos e conveniência. Além disso, ao utilizar os serviços de transporte LCL, você não precisa se preocupar com o retorno do container após a desova justamente por ele ser compartilhado por outras empresas.

As cargas contidas nos containers podem ser as seguintes:

1) Carga geral

É a carga embarcada e transportada com acondicionamento (embalagem de transporte ou unitização), com marca de identificação e contagem de unidades.

2) Carga frigorificada

É a carga que necessita ser refrigerada ou congelada para conservar as qualidades essenciais do produto durante o transporte, tais como frutas frescas, carnes, etc.

3) Carga perigosa

É a carga que, em virtude de sua natureza, pode provocar acidentes, danificando outras cargas ou os meios de transporte e colocando em risco as pessoas que a manipulam. As Recomendações para o Transporte de Produtos Perigosos das Nações Unidas, com base no tipo de risco que apresentam, dividem esse tipo de carga nas seguintes classes: explosivos, gases, líquidos inflamáveis, sólidos inflamáveis e semelhantes, substâncias oxidantes e peróxidos orgânicos, substâncias tóxicas (venenosas) e substâncias infectantes, materiais radioativos, corrosivos e variedades de substâncias perigosas diversas.

Frisamos a importância da escolha do tipo de container para que o seu embarque ocorra com sucesso, não gerando atrasos ou valores mais altos do que o previsto.

Por Murilo Bernardi.

Com o aumento da competitividade no cenário internacional, muitas empresas estão reavaliando e buscando novas estratégias para otimização da cadeia de suprimentos. Dentro desse contexto, a logística internacional tornou-se peça fundamental para empresas que importam e exportam.

Além de ser uma ferramenta estratégica durante o processo de tomada de decisão de negócios internacionais, auxilia a gestão visando analisar a necessidade do cliente interno para suprir a demanda com rapidez e eficiência no transporte internacional, sem comprometer o orçamento da empresa.

Atualmente a logística internacional deixou de ser apenas uma ferramenta operacional, é vista como um sistema de soluções que, se devidamente interligadas, resultam em grandes negócios contribuindo para o desenvolvimento da empresa e a satisfação do cliente final.

Durante esse período político e econômico que o Brasil vive, estar atento as informações e movimentos do mercado é indispensável para obter sucesso nos negócios, uma vez que qualquer informação que possa passar despercebida poderá levar a uma decisão precipitada ou inadequada.

Diante disso, o processo de definição da logística internacional precisa levar em conta não somente os custos, mas também a qualidade, confiança e expertise do prestador de serviço a ser contratado.

Por Marieli Depieri De Lima

A primeira publicação dos Incoterms foi no ano de 1936. A sigla para International Commercial Terms tinha o objetivo de padronizar o entendimento e estabelecer regras para interpretação dos termos de comércio mais comuns daquela época.
A publicação mais recente é a dos Incoterms 2010 que entrou em vigor em Janeiro de 2011.

De uma forma bem simples: os termos de uma negociação servem para definir o ponto crítico de transferência da responsabilidade, dos custos e dos riscos envolvidos na entrega de uma mercadoria pelo exportador ao importador.

Pela importância desses termos, grande parte das empresas e profissionais que operam com comércio exterior, tem amplo conhecimento e experiência no uso e no entendimento desses termos.  Eles podem render uma ótima negociação, se bem compreendidos, ou uma bela dor de cabeça se mal escolhidos.
Nos cursos de graduação de Comércio Internacional e Comércio Exterior, os Incoterms são assunto principal em diversas disciplinas e normalmente despertam poucos simpatizantes entre os acadêmicos.
Existem no mercado diversos sites para consulta além de cursos específicos ou até mesmo livros para este tema. Posso sugerir para consulta a página do banco Santander, dedicada a este assunto, que é bem completa e de fácil entendimento. E além disso, sugiro que, caso você ainda tenha alguma dificuldade ou receio no uso dos termos, fique atento aos nossos treinamentos de Importação, Exportação e até mesmo Incoterms.

Lembrando que, se sua empresa necessita de algum treinamento específico ou até mesmo mais aprofundado sobre esse assunto, escreva para treinamento@efficienza.uni5.net e consulte nossa proposta para cursos in company.

Por Tiago Todeschini – Departamento de Logística Internacional