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As mercadorias consideradas perigosas exigem uma série de documentos especiais para serem transportadas, armazenadas e devem estar devidamente identificadas. Um documento obrigatório é a ficha MSDS (Material Safety Data Sheet) – também conhecida por FISPQ (Ficha de Informações de Segurança de Produto Químico) – especialmente se a carga for inflamável, explosiva ou similar.

Essa ficha contém informações importantes sobre tal produto químico, como os aspectos sobre o transporte, manuseio, descarte e armazenamento, lembrando que as mercadorias devem estar de acordo com os padrões aplicáveis nacional e internacionalmente. A Organização das Nações Unidas (ONU) divide os produtos em classes de risco como abaixo:

• Classe 1 – explosivos;

• Classe 2 – gases;

• Classe 3 – líquidos inflamáveis;

• Classe 4 – sólidos inflamáveis;

• Classe 5 – substâncias combustíveis e materiais oxidantes;

• Classe 6 – substâncias tóxicas (venenosas) e infecciosas;

• Classe 7 – materiais radioativos;

• Classe 8 – corrosivos;

• Classe 9 – mercadorias perigosas diversas.

Não existe um padrão para essa ficha de segurança, porém ela engloba dezesseis itens a respeito do produto, como por exemplo:

1) Identificação do produto e da empresa;

2) Identificação dos perigos;

3) Composição e informações sobre os ingredientes;

4) Propriedades físicas e químicas;

5) Estabilidade e reatividade;

6) Medidas de primeiros-socorros, combate a incêndio e controle em caso de derramamento ou vazamento;

7) Manuseio e armazenamento;

8) Controle de exposição e proteção individual;

9) Informações toxicológicas;

10) Informações ecológicas (o impacto ambiental ou como se mistura ao meio ambiente);

11) Considerações sobre tratamento e disposição;

12) Informações sobre transporte;

13) Regulamentações (regulamentações específicas aplicáveis aos produtos químicos);

14) Outras informações importantes do ponto de vista da segurança.

15) Saúde; e

16) Meio ambiente.

Este é um documento extremamente importante em relação ao embarque, pois o aceite de uma mercadoria em um navio ou aeronave depende de sua análise pelo transportador para evitar qualquer tipo de acidente ou explosão e preservando as demais cargas embarcadas, além da vida dos tripulantes. Ao analisar a ficha MSDS, os responsáveis pelo embarque e desembarque saberão as instruções precisas sobre o manuseio da carga. O responsável pela emissão desse documento é o fabricante, pois conhece tudo a respeito do seu produto, devendo responsabilizar-se 100% pelas informações.

A Efficienza tem expertise na importação e exportação desse tipo de mercadoria. Se seu produto se encaixa nessa categoria, contate o time da Logística para que possamos apresentar as mais eficientes nas soluções para o transporte da sua carga.

Por: Fernanda Dal Corso Valentini

O mundo todo tem sofrido com a falta de equipamentos e de espaços em navios desde o início da pandemia e devido a isso os armadores têm atualizado os valores dos fretes semanalmente. A parte aérea também foi afetada pela alta procura desse modal para reforçar os baixos estoques dos produtos de forma rápida.

Essa movimentação é sentida diretamente nos valores praticados pelo mercado e tem impacto imediato e duradouro, visto que influencia de forma cíclica e atinge todas as origens e destinos. As retomadas da economia brasileira têm proporcionado negociações com novos fornecedores e clientes e isso vem pressionando o aumento da oferta de transporte.

Nesse cenário começamos a sentir mais a questão de Overbooking (oferta de espaço abaixo da demanda) e as negociações e disputa por espaço são cada vez maiores. Mesmo com o agendamento prévio de embarques, alguns exportadores não conseguem espaço para os embarques e necessitam esperar por uma nova previsão de embarque e “Booking”, gerando atualizações de valores e prazos de entrega das cargas nos destinos. Ligado a essa demanda por containers, percebe-se a diminuição do “Free Time” para assim forçar a devolução dos equipamentos com mais rapidez.

Para remediar esses transtornos, temos rotas e equipamentos alternativos, porém com o “transit time” maior do que as rotas diretas e usuais. Mais do que nunca, as empresas precisam de planejamento eficaz para antecipar ou postergar as futuras compras e vendas para evitar custos não esperados.

De forma estratégica, a Efficienza desenvolve os parceiros diretos das origens para que possa agilizar a comunicação com os exportadores e alinhar eficientemente os embarques, sem perder tempo e dinheiro. Tem algum embarque planejado? Contate o time de Logística para verificar a forma mais rápida e econômica para esse transporte.

Por: Fernanda Dal Corso Valentini

Em tempos de pandemia, a logística precisou se adaptar o mais rápido possível. Ela trouxe diferentes consequências para diversos setores do mundo, tendo a possibilidade de se reinventarem e aperfeiçoar atividades, ampliando sua visão do mercado. Agora, os países estão na corrida para acelerar a distribuição da vacina capaz de evitar a contaminação pela Covid-19.

Assim como todo o insumo médico, as vacinas devem ser transportadas com os devidos cuidados. Segundo dados da Organização Mundial da Saúde (OMS), uma perda de até 50% dos medicamentos é observada ao longo das várias etapas da cadeia logística. Dessa forma, o controle preciso e contínuo de temperatura, embalagem e manuseio deste insumo se mostra essencial para reverter este quadro que se tornou ainda mais crítico.

Os modais que estão sendo utilizados para esta distribuição são o rodoviário e o aéreo. Este segundo está desempenhando um papel fundamental por ser um meio de transporte ágil, resultando numa distribuição mais rápida.

Abaixo seguem alguns cuidados que devem ser tomados:

• Garantir o alto nível de qualidade na rastreabilidade do produto;

• Procedimentos de limpeza;

• Acompanhamento da temperatura durante o transporte;

• Gerenciamento de dados para auditoria;

• Treinamento de motoristas para operação de carga refrigerada;

• Certificação de qualidade dos equipamentos de refrigeração.

Fonte: https://www.doisamaisfarma.com.br/

Autora: Joana Deangelis

O ano de 2020 chega em sua reta final e o sentimento que uma solução definitiva contra o Covid se aproxima cresce diariamente. Com pelo menos 10 laboratórios de diferentes lugares do mundo apresentando propostas de vacinas ao Governo Federal, as projeções de um medicamento eficaz são cada vez mais otimistas. Agora, o motivo de preocupação ganha um outro protagonista: a logística. Em um país tão grande quanto o Brasil, o que é necessário para garantir que todos os cidadãos recebam sua imunização corretamente?

Segundo João Gabbardo, o coordenador do centro de contingência da Covid-19 em São Paulo, o primeiro ponto de atenção é o planejamento. Estima-se que o Brasil precise de, pelo menos, 400 milhões de doses de vacina para imunizar adequadamente a população e apenas uma opção de medicamento não seria o suficiente. Por isso, o governo já possui negociações avançadas com mais de um provedor para a garantia de doses importadas na primeira fase de distribuição.

Outro viés de atenção é que as vacinas são altamente perecíveis exigindo, assim, que toda a cadeia de suprimentos precise ser desenhada e adaptada às novas tecnologias para oferecer segurança no processo de transporte. Na etapa da importação, o desafio será garantir a temperatura dos componentes que variam entre 2C° e -8°C, mas podem exigir resfriamento ainda maior, chegando a -75°C – tornando o transporte muito mais complexo. Para uma ideia mais clara do tamanho dessa operação: projeta-se que para atingir a meta de imunização total, sejam utilizados mais de 15.000 voos e 15 milhões de entregas refrigeradas.

Além disso, há a necessidade de um cuidado redobrado com fatores externos locais, que podem interferir no sucesso da etapa de distribuição nacional, como segurança de veículos, diferentes temperaturas a depender da região do país, isolamento geográfico de alguns municípios, etc.

Também se estima que outros insumos terão necessidade de abastecimento, tais como: refrigeradores mais potentes para os postos de aplicação da vacina no SUS, embalagens, envases, rótulos e equipamentos de aplicação.

Todo esse desafio pela frente reforça como o setor de logística é um aliado importante para o combate do Covid-19 em todas as etapas e a necessidade de parceiros com conhecimento técnico para o sucesso da cadeia de suprimentos em qualquer mercado. A Efficienza torce para que as vacinas estejam disponíveis para a população o mais breve possível e se mantém à disposição para quaisquer desafios na logística e nos serviços aduaneiros de seus clientes.

Por Gabriela Paschoal.

A balança comercial brasileira registrou superávit de US$ 0,936 bilhão e corrente de comércio de US$ 7,303 bilhões na terceira semana de novembro de 2020, como resultado de exportações no valor de US$ 4,119 bilhões e importações de US$ 3,183 bilhões. Os dados foram divulgados nesta segunda-feira (23/11), pela Secretaria de Comércio Exterior (Secex) do Ministério da Economia. No ano, as exportações totalizam US$ 186,726 bilhões e as importações US$ 136,377 bilhões, com saldo positivo de US$ 50,348 bilhões e corrente de comércio de US$ 323,103 bilhões.

As exportações tiveram um crescimento de 1,3%, sendo que o principal responsável por este crescimento foi o setor extrativista, como o minério de ferro e cobre. Entretanto, as importações ficaram abaixo da média de novembro do ano passado, 2,6%. Nesse comparativo teve um aumento agropecuário, mas houve uma diminuição de produtos de transformação, como, por exemplo, óleos combustíveis de Petróleo, obras de ferro, aeronaves e extrativista (óleos brutos de petróleo e gás natural).

Estamos observando uma movimentação no comércio internacional brasileiro. Algumas empresas foram prejudicadas com a pandemia, outras estão produzindo e movimentando seus produtos e, com isso, a economia. Sabemos que muitos insumos importados deixam as empresas mais competitivas, melhorando a qualidade dos produtos e posicionamento frente aos concorrentes, e que muitos negócios podem ser gerados com as vendas no comércio exterior através das exportações.

Nós da Efficienza podemos lhe ajudar tanto na questão da liberação das mercadorias quanto na parte logística, contate-nos!

Por Tatiane Delazzeri.

Referência: Ministério da Economia.

O Canal de Suez é uma passagem construída a partir de 1859 para conectar os continentes asiático e europeu. Muito mais do que uma das grandes obras do século XIX, empregando mais de 1,5 milhão de pessoas durante os 10 anos de sua construção, desde sua inauguração em 17 de novembro de 1896, o canal adquiriu forte relevância no comércio de mercadorias e transporte de pessoas, facilitando as viagens marítimas ao diminuir em mais de 7 mil quilômetros a distância Europa-Ásia.

Sendo o maior canal de travessia de embarcações sem eclusas (construção que permite a subida ou descida de navios, como as existentes no Canal do Panamá), ligando o Mar Vermelho e o Mediterrâneo e evitando o longo percurso pelo Cabo da Boa Esperança, o Canal de Suez permite a travessia de cerca de 14% do comércio global de cargas, com capacidade atual de passagem para 49 navios nos dois sentidos de travessia.

Em conjunto com a facilitação de viagens, a importância do canal também passa pela segurança que o mesmo apresenta, pois, ao oferecer uma opção de travessia Europa-Asia sem a necessidade de passagem pelo extremo sul e extremo leste africano, onde é comum a ocorrência de pirataria. Tendo entre as cargas mais transportadas o petróleo, minerais e metais brutos, carvão, diesel, gás natural, combustível e cereais, o Canal de Suez faturou US$ 6,3 bilhões, de junho de 2018 a junho de 2019.

O Porto de Santos mantém acordos de cooperação técnica com o Canal de Suez, o qual, por conta de diversas facilidades oferecidas pelo Egito, apresentando modelos de negócio flexíveis, acordos com a União Europeia de facilitação de comércio, certificados de origem com validade europeia e menores custos logísticos, por ser uma zona franca (livre de tarifas alfandegárias), apresenta-se como uma solução logística e de despacho eficiente para exportações, simplificando rotas marítimas.

Por Wlamir Henrique da Cruz Danieleski.

O Estado do Rio Grande do Sul (RS) não recebe voos internacionais desde março de 2020, em virtude das restrições à entrada de estrangeiros no território nacional devido a pandemia do Coronavírus. No mês de julho o governo federal autorizou voos internacionais em alguns estados, mas manteve a restrição no RS e outros quatro estados.

O governo federal liberou a retomada de voos internacionais no estado do Rio Grande do Sul, sendo um dos últimos estados da união que ainda não tinham autorização para receber voos internacionais. Apesar da liberação, o primeiro voo previsto será apenas no dia 22 de outubro de 2020, da empresa portuguesa TAP, sendo até o momento a única empresa que demostrou interesse na operação. No entanto, a previsão pode ser alterada mediante demanda.

A autorização que permite a entrada e saída de passageiros estrangeiros pelo aeroporto internacional de Porto Alegre, necessita obrigatoriamente seguir regras e requisitos rígidos, como ter visto de entrada e prazo de permanência estipulado. Além das medidas de segurança já implementadas como marcadores de distanciamento, álcool em gel em todas as dependências, reforço na limpeza, foram disponibilizadas câmeras térmicas para aferição de medida corporal desde o final de julho o aeroporto.

Esta autorização para receber voos internacionais movimentará o setor de cargas, uma vez que utilizam as mesmas aeronaves. Ela será extremamente importante para importadores e exportadores, pois agilizará a chegada e partida das mercadorias, e possivelmente barateará o valor dos fretes praticados atualmente.

Contate nossos especialistas em logística internacional. Estamos preparados para lhe atender de forma única, exclusiva, visando sucesso sem complicação do seu processo de importação ou exportação.

Por Júlio Cezar Mezzomo

Em julho deste ano de 2020, o Porto de Santos bateu o recorde histórico de movimentação ao atingir 13,49 milhões de toneladas, uma alta de 0,05% em comparação com a melhor marca da série. Mesmo em meio à pandemia do novo COVID-19, julho é o melhor mês de sempre, além de ser o sexto recorde consecutivo do complexo no ano, que já havia registrado os cinco meses antecessores com os melhores desempenhos para eles da história.

A performance confirma o Porto de Santos como o mais importante do país e um dos mais movimentados da América Latina, além de mostrar a força do agronegócio e o câmbio favorável às exportações. Em julho, os principais destaques das exportações foram o açúcar, cujos embarques cresceram 86,2%, para 2,2 milhões de toneladas, e a soja em grãos, com avanço de 6,3%, para 1,3 milhão de toneladas.

O granel líquido teve um aumento de 22,8%. Entre as cargas que mais cresceram estão o óleo diesel e gasóleo (alta de 111%) e o óleo combustível (alta de 127,5%). Enquanto o contêiner teve um recuo de 3,8%, a carga solta teve um aumento de 14,8%. De uma forma geral, houve um crescimento de 10,2% no acumulado de janeiro-julho (84,1 milhões de toneladas).

Por Gabriela Sitta Cappellaro.
Referência Comex do Brasil

O Brasil é um grande exportador de frutas, carnes bovina, suína e de frango, no geral, somos grandes exportadores de cargas perecíveis. A exportação de carne vem batendo recordes, os embarques externos de carne bovina fresca, refrigerada ou congelada somaram em junho deste ano 152,47 mil toneladas, 33,1% acima das 114,51 mil toneladas ante junho de 2019.

Por sermos um grande exportador destas mercadorias, a demanda de um tipo especial de container é muito alta em nossos terminais, o container reefer, como seu próprio nome já diz, container refrigerado, usado para transportar toda mercadoria alterável ou não estável à temperatura ambiente.

Por outro lado, as mercadorias predominantes de exportação em outros países como a China que é um dos maiores parceiros do Brasil na exportação de carne também, são produtos manufaturados e carga seca geral que não requer um controle da temperatura. Esta discrepância no volume e demanda dos containers gera a falta de containers refrigerados e a grande disponibilidade de containers DRY em nossos portos.

Para solucionar este problema de falta de containers refrigerados, os armadores começaram a vende-los como container NOR, sigla do inglês “Non-Operating Reefer” ou simplesmente Container Refrigerado Desligado, passando a utiliza-los desligados para acomodar carga seca, que não requer controle de temperatura. Assim os containers NOR retornam com mais facilidade pela demanda dos outros países por container de carga seca.

Uma das vantagens na utilização destes equipamentos está ligada ao preço, ele pode representar uma economia de frete em torno de 30% a 40% se comparado com o valor de frete de um container DRY, dependendo da época do ano.

Um cuidado que deve ser tomado é que o container NOR em comparação com o container dry tem uma diferença de até 9 m³ a menor. Assim, deve se verificar se será o suficiente para alocar a totalidade de sua carga.

Claro, deve-se analisar o tipo de mercadoria e a forma adequada para o manuseio, pois estes containers possuem um isolamento térmico e seu reparo caso aconteça alguma avaria na retirada ou na estufagem do contêiner podem gerar um custo muito mais elevado que a de um container DRY.

Tomando os cuidados necessários, importar com o equipamento NOR pode ser uma grande vantagem para uma redução significativa no valor de frete.

Contate a Efficienza, nós temos um time especializado neste tipo de operação para esclarecer suas dúvidas.

Por Joana Deangelis.

Referências:

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PortoGente
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Também conhecido como “omissão de portos” ou “omissão de navios”, o blank sailing refere-se ao termo utilizado por armadores para divulgar que o navio não atracará em determinado porto ou região. Sendo assim, as cargas de exportadores permanecem no pátio do terminal e as cargas dos importadores ficam no navio. Desta forma, as cargas são roladas para o próximo embarque disponível.

O blank sailing ocorre, principalmente, por dois motivos: questões técnicas ou questões comerciais. A primeira motivação pode ser caracterizada por situações imprevisíveis e adversas como, por exemplo, condições climáticas, congestionamentos graves ou greves em portos específicos.

Por sua vez, a questão comercial ocorre de forma consciente, motivada principalmente por questões financeiras, quando os armadores dos navios cancelam as viagens com o único objetivo de acumular carga para o próximo navio, fazendo com que os valores dos fretes permaneçam elevados.

Os períodos em que este tipo de ação ocorre com mais frequência são após o Ano Novo Chinês e em épocas onde, por conta da disparidade do dólar, o volume de importações diminui. Atualmente, com a pandemia do novo COVID-19, blank sailings foram anunciados em fevereiro e março de 2020. Portanto, é importante atentar para os períodos destacados acima e realizar um planejamento prévio, evitando assim complicações.

Por Gabriela Sitta Cappellaro.