A Argentina tem interesse em prorrogar o acordo automotivo com o Brasil por 1 ano, nos termos atuais, afirmou o Ministro da Produção, Francisco Cabrera, nesta terça-feira (7). (O acordo) Vai continuar nos mesmos termos, que são muito bons para a Argentina. Durante um ano, disse ele a jornalistas, conforme reportagem da agência Reuters.
Procurado pelo G1, o Ministério da Indústria, Comércio Exterior e Serviços(MDIC) afirmou que a renovação do acordo ainda não foi fechada e que ainda haverá reuniões para definir os termos.

Na véspera, a associação das montadoras (Anfavea) divulgou que participaria de reuniões sobre o tema na Argentina, nesta quinta (9) e sexta (10), junto com o governo brasileiro.
As montadoras defendem a renovação por tempo maior do que 1 ano, mas acreditam que a manutenção do fluxo de exportação e importação atuais seja o principal ponto. Em fevereiro passado, os países chegaram a dizer que discutiam o livre comércio. O livre comércio seria o ideal, mas o objetivo é pelo menos manter o fluxo (que já existe), afirmou Antonio Megale, presidente da Anfavea, na última segunda (6).
A Argentina é o maior destino de exportação de veículos brasileiros. O atual acordo automotivo foi firmado em junho do ano passado, e termina no próximo dia 30. Ele estabelece que para cada dólar que a Argentina exporta ao Brasil em autopeças e veículos, sem incidência de impostos, pode importar 1,5 dólar em produtos brasileiros. A partir deste valor, o excedente é tributado em 35%.
As principais montadoras instaladas no Brasil exportam e também produzem veículos no país vizinho, que trazem para o mercado brasileiro. Da Ford, por exemplo, vêm o Focus Hatch, o Focus Fastback (sedã) e a picape Ranger. Da Renault, o Clio e o Fluence. Da Honda, parte das unidades do SUV HR-V, que também é produzido no Brasil. Da Toyota, a picape Hilux e seu derivado, o SUV SW4. Da Volkswagen, vem a picape Amarok.
Fonte: G1