Portos em todo o mundo estão enfrentando um aumento acentuado no congestionamento, com atrasos aumentando em até 300% em junho de 2025. Principais centros marítimos como Cingapura, Cidade do Cabo e Roterdã estão entre os mais afetados, enfrentando filas significativas de embarcações e desafios operacionais.
Os dados revelam que 96% dos principais portos estão atualmente enfrentando interrupções operacionais, o que leva a tempos médios de espera dos navios que chegam a 10 dias ou mais, dependendo o local. Isso representa o nível mais grave de congestionamento portuário global desde a pandemia do COVID-19, com apenas 58,7% dos navios chegando no horário.
A piora da situação, é uma combinação de fatores, incluindo greves trabalhistas, condições climáticas adversas e gargalos contínuos na cadeia de suprimentos. Em Cingapura, por exemplo, o porto tem visto um rápido acúmulo de filas de navios, levando algumas transportadoras a desviarem suas cargas para locais alternativos. Da mesma forma, a Cidade do Cabo está enfrentando lentidão devido a interrupções climáticas, enquanto Roterdã enfrenta um acúmulo de navios e congestionamento nos estaleiros.
Atrasos estão causando efeitos em cascata em todas as redes comerciais globais, com os transportadores enfrentando aumento de custos e incerteza. Há relatos de que as transportadoras estão ajustando cronogramas, pulando escalas e impondo sobretaxas, tudo isso minando a confiabilidade da cadeia de suprimentos.
O congestionamento também está afetando os embarques de cargas gerais e a granel, levantando preocupações sobre interrupções mais amplas no gerenciamento de estoque e nos cronogramas de produção. Embora alguns portos tenham tomado medidas para aliviar o congestionamento, como estender o horário de operação e implantar equipamentos adicionais. A recuperação provavelmente será gradual, dada a escala da interrupção.
As tensões no Oriente Médio estão sobrecarregando ainda mais uma cadeia de suprimentos já congestionada, aumentando a incerteza enquanto os transportadores se preparam para o impacto potencial do conflito crescente entre Irã e Israel.
Autor: Fernando Marques