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No dia 29 de junho de 2020, foi comemorado os 100 anos de Relações Diplomáticas entre Brasil e República Tcheca e Brasil e Eslováquia. Como forma emblemática, foi lançado um selo comemorativo pelos correios, segundo o Ministério das Relações Exteriores.

A política externa entre os países iniciou em 1920, quando a Eslováquia e a República Tcheca faziam parte da Tchecoslováquia, território que tornou-se independente do Império Austro-Húngaro com o fim da Primeira Guerra Mundial. A Tchecoslováquia existiu formalmente até 1993, quando o território finalmente dividiu-se entre Eslováquia e República Tcheca após instabilidades políticas decorrentes da queda do comunismo no Leste Europeu e divergência políticas entre eslovacos e tchecos.

Desde então, o comércio internacional entre Brasil e República Tcheca, embora simbólico, vem crescendo gradativamente. De acordo com o Ministério da Indústria, Comércio Exterior e Serviços. Em 2019, um total de USD 90 milhões foi exportado aos tchecos, sendo 60% somente de formas primárias de ferro ou aço. As importações, por sua vez, representaram USD 441 milhões, sendo quase sua totalidade em produtos da Indústria de Transformação.

Por sua vez, Brasil e Eslováquia embora possuam um comércio mais simbólico em relação à República Tcheca, também vem crescendo gradativamente. Em 2019, de acordo com o MDIC, as exportações para o país foram de USD 43 milhões, sendo uma boa parte produtos agropecuários como café torrado. As importações totalizaram USD 144 milhões, quase seu total representado por produtos da Indústria de Transformação.

Nos últimos anos, o Ministério das Relações Exteriores do Brasil manteve contato com ambos países a fim de fortalecer os laços diplomáticos.

Referências: Itamaraty e MDIC

Por Gabriela Stefani.

Apesar do plano trilateral do ministro das Relações Exteriores, Ernesto Araújo, junto aos governos dos Estados Unidos e Japão, que é visto como uma iniciativa anti-China do governo de Jair Bolsonaro, o embaixador chinês no Brasil, Yang Wanming, deixou clara a intenção de aproximação e cooperação entre Brasil e China, que trará benefícios a ambos povos.

O Brasil, hoje, é o único país na América Latina a superar os US$ 100 bilhões no comércio com a China. Além desse fomento nas negociações, o Brasil também já recebeu US$ 80 bilhões em investimentos chineses, gerando 40 mil empregos diretos, segundo o embaixador. Esse incentivo chinês em território brasileiro demonstra confiança nesse desenvolvimento e reflete no comprometimento com a economia local.

Além das negociações entre os dois países, Wanming comentou sobre o contexto atual de pandemia, por conta da Covid-19. O mesmo comentou que “tanto a atual crise, quanto críticas em relação à China por parte de alguns setores no Brasil são transitórias”. Para o diplomata chinês, é necessário que ambos lados foquem no diálogo para construção de novos planos no longo prazo. Com isso, o chanceler afirma que buscará a construção de sua diplomacia voltada para uma comunidade de futuro compartilhado para a humanidade. De acordo com ele, a própria pandemia atual ensina que problemas e suas soluções são desafios para todos os países.

O governo chinês está muito positivo com relação à recuperação no pós-pandemia, uma vez que a China estruturou um plano com base em industrialização, informatização, urbanização e modernização da agricultura. Para o embaixador, a China apresenta um prognóstico positivo, uma vez que o país conseguiu controlar, de forma muito eficiente, uma maior propagação e os riscos gerados pela Covid-19. Hoje, mais de 99% das principais empresas já retomaram a produção e 95% dos funcionários retornaram ao trabalho.

Por Debora Mapelli.