Posts

Crédito da Imagem: freepik

Segundo dados da Secretaria de Comércio Exterior (Secex) divulgados na última segunda feira (25/04/2022), o Brasil alcançou a marca de 2,08 milhões de toneladas de fertilizantes químicos importados no acumulado deste mês, superando os números de abril do ano passado, no qual havia sido importado um total de 1,88 milhões de toneladas.

O aumento no volume das importações deve-se à estratégia dos compradores brasileiros que buscam antecipar ao máximo suas compras, receosos de uma escassez global do produto. Ainda segundo levantamento da Secex, o valor médio dos adubos químicos dobrou no último mês, impulsionado pelas tensões entre Rússia e Ucrânia e sanções contra a Bielorrússia. Mesmo com esse fator, a média diária de embarques passou de 94,19 mil toneladas em abril de 2021 para 149 mil toneladas ao dia até a quarta semana do mês.

É importante ressaltar que o Brasil ocupa o quarto lugar no ranking mundial no consumo de fertilizantes, com cerca de 8% do consumo global. A estimativa é que 85% daqueles utilizados no Brasil sejam importados, em um mercado global com poucos fornecedores. Ou seja, o crescimento da importação desses produtos vai ao encontro da estratégia brasileira de fomentar a produção nacional. Nesse contexto, através do Plano Nacional de Fertilizantes que foi lançado em fevereiro desse ano, o governo busca medidas para estimular a produção nacional e incentivar novas tecnologias para atender à demanda da produção de alimentos.

Por: Gustavo Luis Schmaedecke

Fontes:

https://www.gov.br

https://www.conab.gov.br

Crédito imagem: jcomp

 

A Rússia retomará a importação de carne bovina e suína de 12 unidades brasileiras nesta semana, disse o regulador de segurança sanitária do país na última semana. A maioria das restrições aos produtores brasileiros de carne bovina e suína pela Rússia está em vigor desde 2017, devido a alegações do uso do aditivo ractopamina na alimentação das criações, o que grupos brasileiros da indústria de carne negaram.

No mês passado, a Rússia já havia permitido a importação de carne bovina de três grandes exportadoras brasileiras. A nova liberação ocorreu no dia 25 de novembro, envolvendo nove unidades de suínos e três de carne bovina, sem a revelação de nomes dos frigoríficos. A Ministra da Agricultura, Tereza Cristina, reuniu-se com o Chefe do Serviço Federal de Vigilância Veterinária e Fitossanitária, em Moscou. Sergey Dankvert, confirmou a efetivação de uma visita de inspeção ao Brasil, no primeiro trimestre de 2022, visando habilitação de novas plantas frigoríficas brasileiras para exportação.

No ano passado, a Rússia que chegou a ser um dos maiores mercados para o Brasil, planeja estabelecer uma cota de importação isenta de impostos de até 200 mil toneladas de carne bovina em 2022 para acrescer a oferta doméstica, como parte das medidas que o governo espera que ajude a estabilizar a inflação doméstica, que está em máxima de cinco anos. Para o Brasil, maior exportador mundial de carne bovina, a Rússia é um mercado promissor, já que suas exportações para a China foram temporariamente suspensas em setembro, depois que dois casos atípicos de doença da vaca louca foram relatados no país sul-americano.

Simultaneamente, as autoridades alfandegárias da China relataram que aceitarão pedidos de importação de carne bovina brasileira que tenha recebido certificado sanitário antes de 4 de setembro. Os casos foram considerados “atípicos” por serem de um tipo espontâneo e não por transmissão no rebanho. De acordo com a Organização Internacional de Saúde Animal (OIE, na sigla em inglês), casos “atípicos” não oferecem riscos à saúde humana e animal, e são em geral detectados em bovinos mais velhos.

Por: Miguel Andreazza Tomazzoni

Fonte: https://agenciabrasil.ebc.com.br

Crédito: user18526052.

A Comissão Europeia lançou uma proposta de legislação para vetar importações de madeira e alimentos cultivadas em áreas desmatadas. Esta regra vai exigir das empresas que demonstram interesse em realizar a exportação de produtos como carne bovina, cacau, café, soja assim como importações de madeira, sejam certificadas como “livres de desmatamento”.

As importações provenientes de países de maior risco seriam submetidas a um controle mais rígido. Segundo Virginijus Sinkevicius, comissário europeu para o Meio Ambiente, “o plano não visa apenas o combate ao desmatamento ilegal, mas também a remoção de vegetação para expansão de terras agrícolas”.

A União Europeia é responsável por 16% do desmatamento mundial no Comércio Internacional, esta nova proposta é o primeiro passo para diminuir este percentual lançado pelo grupo de defesa do meio ambiente WWF.

Fonte: https://www.em.com.br

Por: Joana Deangelis

Crédito da imagem: freepik

 

Além de ser uma ótima alternativa para quem procura um estilo de vida mais saudável, os alimentos orgânicos incentivam a agricultura familiar e a economia da agricultura brasileira. Porém, conforme aponta estudo realizado pela Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), a produção brasileira de alimentos orgânicos está abaixo da média internacional. Dentre os países analisados na pesquisa , podem ser citados o Quênia, Tanzânia, Gana, Ruanda, China, Índia, Itália, Espanha, Dinamarca, Brasil, México, Chile, Estados Unidos e Austrália. Os norte-americanos são quem mais contribui com a movimentação de alimentos orgânicos, com 44,7 milhões de euros em 2019. Para se ter uma ideia, o Brasil comercializou o valor de R$ 5,8 bilhões em 2020, o que representa um aumento de 30% se comparado ao ano de 2019.

“A agricultura orgânica se encontra em grande estágio de desenvolvimento, contando com 72,9 milhões de hectares de área cultivada, tendo alcançado em 2019 um mercado de 106,4 bilhões de euros, sendo os maiores níveis já registrados”, diz a pesquisadora da Embrapa Meio Ambiente e, líder da pesquisa, Lucimar Santiago de Abreu.

O estudo aponta que um dos problemas do setor no Brasil é a falta de informações e estatísticas sobre o assunto. Outro fator é a baixa produção quando comparado com outros países. Como exemplo, podemos citar a China, a qual produz uma quantidade de hortaliças orgânicas 11 vezes maior do que Brasil.

Uma forma de promover os produtos e serviços brasileiros no exterior e atrair investimentos estrangeiros para setores estratégicos da economia brasileira é através da Apex-Brasil. Desde 2005, esta possui um programa de exportação especial para fomentar as exportações brasileiras de produtos orgânicos, o qual desde então, já realizou atividades promocionais em todo o mundo, gerando negócios no valor estimado de USD130 milhões em 2013.

No território nacional, somente 0,5% da área agricultável é ocupada por plantação orgânica. Além desta área, calcula-se que há ainda 1,7 milhão de terras consideradas orgânicas destinadas à apicultura e extrativismo, dedicadas à produção de castanhas, açaí, palmito, plantas medicinais e aromáticas.

Para os pesquisadores, o Brasil se destaca na produção de açúcar orgânico, no qual este detém cerca de 60% deste mercado, voltado, principalmente, para o exterior, exportando para 64 países. Outra área em que também possuímos influência é a de colmeias orgânicas, com 900 mil unidades, sendo o maior produtor deste item. Na pecuária, existem 550 mil cabeças de frango, 720 mil dúzias de ovos, 6,8 milhões de litros de leite e 13,8 mil cabeças de gado abatidas ao ano em 2012.

Por Cristiane de Britto de Souza – Depto. de Exportação

Fontes:
https://g1.globo.com
https://www.organicabrasil.com.br
http://www.aprendendoaexportar.gov.br
https://www.agencia.cnptia.embrapa.br