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Crédito da imagem: freepik

 

Além de ser uma ótima alternativa para quem procura um estilo de vida mais saudável, os alimentos orgânicos incentivam a agricultura familiar e a economia da agricultura brasileira. Porém, conforme aponta estudo realizado pela Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), a produção brasileira de alimentos orgânicos está abaixo da média internacional. Dentre os países analisados na pesquisa , podem ser citados o Quênia, Tanzânia, Gana, Ruanda, China, Índia, Itália, Espanha, Dinamarca, Brasil, México, Chile, Estados Unidos e Austrália. Os norte-americanos são quem mais contribui com a movimentação de alimentos orgânicos, com 44,7 milhões de euros em 2019. Para se ter uma ideia, o Brasil comercializou o valor de R$ 5,8 bilhões em 2020, o que representa um aumento de 30% se comparado ao ano de 2019.

“A agricultura orgânica se encontra em grande estágio de desenvolvimento, contando com 72,9 milhões de hectares de área cultivada, tendo alcançado em 2019 um mercado de 106,4 bilhões de euros, sendo os maiores níveis já registrados”, diz a pesquisadora da Embrapa Meio Ambiente e, líder da pesquisa, Lucimar Santiago de Abreu.

O estudo aponta que um dos problemas do setor no Brasil é a falta de informações e estatísticas sobre o assunto. Outro fator é a baixa produção quando comparado com outros países. Como exemplo, podemos citar a China, a qual produz uma quantidade de hortaliças orgânicas 11 vezes maior do que Brasil.

Uma forma de promover os produtos e serviços brasileiros no exterior e atrair investimentos estrangeiros para setores estratégicos da economia brasileira é através da Apex-Brasil. Desde 2005, esta possui um programa de exportação especial para fomentar as exportações brasileiras de produtos orgânicos, o qual desde então, já realizou atividades promocionais em todo o mundo, gerando negócios no valor estimado de USD130 milhões em 2013.

No território nacional, somente 0,5% da área agricultável é ocupada por plantação orgânica. Além desta área, calcula-se que há ainda 1,7 milhão de terras consideradas orgânicas destinadas à apicultura e extrativismo, dedicadas à produção de castanhas, açaí, palmito, plantas medicinais e aromáticas.

Para os pesquisadores, o Brasil se destaca na produção de açúcar orgânico, no qual este detém cerca de 60% deste mercado, voltado, principalmente, para o exterior, exportando para 64 países. Outra área em que também possuímos influência é a de colmeias orgânicas, com 900 mil unidades, sendo o maior produtor deste item. Na pecuária, existem 550 mil cabeças de frango, 720 mil dúzias de ovos, 6,8 milhões de litros de leite e 13,8 mil cabeças de gado abatidas ao ano em 2012.

Por Cristiane de Britto de Souza – Depto. de Exportação

Fontes:
https://g1.globo.com
https://www.organicabrasil.com.br
http://www.aprendendoaexportar.gov.br
https://www.agencia.cnptia.embrapa.br

Um dos grandes desafios dos países que buscam aumentar suas participações no mercado internacional, em qualquer segmento, é a promoção de uma imagem atrativa e de confiança perante às outras nações. Dentro deste contexto, existem duas frentes que precisam ser trabalhadas: a visibilidade perante empresas importadoras e aos consumidores estrangeiros, criadores da demanda por produtos e serviços.

A Apex-Brasil (Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos) deu início na última semana a uma grande ação da campanha “Be Brasil”, que tem por objetivo melhorar a imagem do Brasil como parceiro de negócios, e que parece atender bem essas necessidades, principalmente no que diz respeito aos consumidores.  No último dia 14 de março, foi ao ar pela rede CNN Internacional, em diversos países priorizados pela Apex, a série de TV “B2B” (ou “Blogger to Blogger”) produzida pela Cine Group. A série consiste em quatro episódios de 15 minutos cada, nos quais os telespectadores irão acompanhar encontros entre blogueiros brasileiros e dos países alvos do projeto, dos setores de moda, café, games e carnes. Durante o programa, foram realizadas diversas atividades para apresentar os produtos, serviços, novidades e tendências do Brasil aos blogueiros estrangeiros. O gerente de Comunicação e Marketing da Apex Brasil, Carlos Villanova, explica que os vídeos foram desenvolvidos para reforçar aspectos como inovação, criatividade e sustentabilidade, características vinculadas à campanha “Be Brasil”.

Iniciativas como esta atingem duas pontas: telespectadores da CNN e seguidores dos blogueiros – formadores de opinião selecionados criteriosamente e que possuem forte presença nas redes sociais dentro de seus específicos nichos, o que pode trazer bons resultados por serem influência nos países alvo. A blogueira espanhola selecionada para o episódio de moda, Sílvia Garcia, por exemplo, está entre as 13 mais influentes em seu país e possui mais de 360 mil seguidores no Instagram. Além da exibição na TV, o material estará disponível em uma página no portal da CNN, apresentando conteúdos gráficos e mais informações sobre os setores econômicos abordados nos programas.

O desenvolvimento e a criação de mercados no exterior são processos que trazem resultados de médio a longo prazo, os quais, com emprenho das empresas exportadoras brasileiras, poderão ser acompanhados ao longo do tempo. De qualquer forma, a iniciativa do projeto destaca-se pela criatividade e inovação, requisitos obrigatórios para o sucesso de qualquer negócio nos dias atuais.

Por Maurício Perini.

Sete profissionais representantes de empresas russas e também do Oriente Médio estavam em visita na Serra Gaúcha, na última semana, participando do Projeto Comprador, realizado pela Wines of Brazil, em parceria com a Apex-Brasil (Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos).

O grupo veio conhecer o mercado nacional de vinhos e prospectar novos negócios. O gerente de importação russo, Vasily Izraliantc, afirmou que os vinhos e espumantes brasileiros tem um diferencial. São elegantes, gastronômicos, leves e frescos. Complementou também que é este estilo que vai fazer os produtos se destacarem no mercado internacional.

O que já acontece no mercado nacional brasileiro está prestes a se alavancar no âmbito internacional. Contando não só com a forte competência dos produtores locais, mas também com uma cultura enraizada na região, a Serra Gaúcha está ganhando destaque pela excelente qualidade na produção de seus vinhos e espumantes.

“Sou consumidor dos vinhos do nosso país e vejo como a qualidade deles cresceu ao longo desses anos. Há mais investimentos, os produtores estão viajando e conhecendo mais, e assim evoluindo”, avalia Daniel Miranda, gerente de alimentos e bebidas da Fogo de Chão, no Oriente Médio.

Sem sombra de dúvidas nosso potencial local neste mercado é muito forte. Se o esperado se concretizar, teremos uma enorme demanda para atender no mercado internacional, movimentando nossa economia, e também fazendo com que o mundo conheça o delicioso sabor de nossos vinhos.

Por Leonardo Frumi.