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O comércio exterior brasileiro sempre foi território insalubre para os desavisados. Não é de hoje que a famigerada insegurança jurídica presente no Brasil desde os tempos das capitanias hereditárias estende seu alcance a aqueles que operam hoje no comércio internacional. Caso algum novato na área decida aventurar-se nestes mares tempestuosos, deparar-se-á com um universo de legislações complementares e até contraditórias, procedimentos jurídicos intermináveis, agentes logísticos e aduaneiros despreparados e para coroar tudo isso, na reta de chegada terá que cruzar o caminho do feroz leão com poderes e aura mítica.

Como se não bastasse tudo isso, o mundo está diante de uma das piores crises logísticas pós-globalização. Falar de impactos da pandemia, tornou-se quase um clichê da grande mídia e dos analistas de botequim, porém, neste caso é impossível relevar. O caos instaurado no cenário logístico mundial é de extrema gravidade e se você pensa que isso não irá afetá-lo de uma maneira ou outra, pense novamente. Há não muito tempo, ao trazer um container de mercadorias da China, o importador desembolsaria uma média de 500 dólares americanos, hoje, o mercado pratica valores na casa dos 15.000 dólares por container da China, ou seja, aumento de 3000%, sem expectativa de desaceleração. A situação do valor pode até ser ignorada pelos otimistas, todavia, pagar esta exorbitância não garante coisa alguma, pois a crise ultrapassa a questão dos preços, chegando na falta de navios e rotas, falta de containers no mundo inteiro e Portos sendo fechados a todo momento na China pelo surgimento de novos casos de coronavírus.

Como bons brasileiros que somos, imediatamente surge aquele pensamento que atrofia os cérebros da massa: “Mas alguém está ganhando com isso!” Na verdade, eu realmente espero que alguém esteja ganhando com isso, até porque vivemos num mercado aparentemente livre e caso alguém deixe de ganhar, a prestação do serviço deixa de fazer sentido, porém, arrisco a dizer que o cenário é péssimo para todas as camadas da sociedade, desde o porteiro até o CEO. Este aumento nos fretes, aliado com o caos logístico será sentido no bolso de todos, sem exceção.

O Brasil, desde o tempo da exploração do pau-brasil, sempre exportou commodities e importou tecnologia e produtos semiacabados. Seja importando urânio para exploração de energia nuclear, seja importado ursinhos de pelúcia para parques de diversão, o fato é que somos dependentes da importação quer você queira ou não. Digo isso, pois neste exato momento os importadores já estão repassando preços reajustados e você já está pagando por isso. Agora é o momento de apertarmos os cintos, pois além da gasolina a 7,00 Reais, o gás de cozinha batendo recordes de preço, a conta de luz cada vez mais cara, é chegada a vez do aumento generalizado em tudo aquilo que é importado. Enfim, como sempre na história, eu e você pagaremos a conta.

Por: Bruno Zaballa

Para manter seu produto competitivo, as empresas estão cada vez mais preocupadas e engajadas em reduzir custos. Qualquer despesa não prevista pode acabar com o custo do produto. Nesse último mês, enquanto os armadores anunciaram GRI, os importadores precisaram achar meios para cobrir essa despesa, muitas vezes reduzindo seu próprio lucro. Mas, afinal, você sabe o que esse termo significa?

GRI ou General Rate Increase é o aumento no valor de frete imposto pelos armadores. Isso ocorre devido ao aumento da demanda. Nesse mês de junho informamos a diversos clientes o aumento, que ocorreu nas importações de origem China.

Analisando o cenário de importação de produtos chineses, notamos nos últimos anos uma redução de serviços/rotas oferecidos pelos armadores. No mês de maio os fretes estavam baixos, o que gerou um crescimento na demanda de “bookings”. Com isso, os armadores aumentaram os valores de frete. Os espaços nos navios já estão ficando escassos.

Em época de “overbooking” a estratégia que o importador deve adotar é contratar fretes com espaço garantido. Por isso, aconselhamos nossos clientes a organizarem os próximos embarques para que sejam iniciados o quanto antes. Entre em contato conosco e solicite seu “Booking”.

Por Natália Schiavenin.