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Crédito: dashu83

Em um período de 3 meses, houve um aumento médio no valor do frete marítimo internacional de 93%, sendo que em alguns casos a variação foi de 300%. Com a contínua reabertura das atividades e retomada da economia global, o número de encomendas por insumos e mercadorias do comércio internacional dispararam, acima da capacidade logística dos armadores e terminais portuários, encarecendo o frete marítimo. Gargalos na cadeia de insumos na produção de produtos, com a demanda voltando mais rápido do que a oferta, além da concentração dos maiores players desse mercado são algumas das razões que explicam esse fenômeno.

Está havendo um grande aumento nos custos de transporte marítimo internacional, sendo que o valor médio de um embarque China-Brasil, de um contêiner de 40 pés, era de 2 mil dólares em junho de 2020. Em junho de 2021, os custos ultrapassaram a barreira dos 12 mil dólares.

Segundo estimativas da Confederação Nacional da Indústria (CNI), a escalada dos preços de fretes para diferentes rotas deve permanecer vigentes nos próximos meses. O Brasil, inclusive, encontra-se numa posição vulnerável neste contexto.

A explicação para a disparada do frete marítimo, o preço dos contêineres pode ter relação por vários fatores. As razões foram se acumulando ao longo deste um ano e meio. O preço do frete não foi atingido de uma hora para outra. Esse processo teve início ainda no ano passado, quando os importadores retomaram as compras após o auge da pandemia no exterior. Um dos principais fatores é, de fato, a consolidação do segmento. Os quatro maiores armadores do setor detêm quase 60% do Market Share global. E essa tendência deve continuar acontecendo.

A gigante dinamarquesa Maersk Line, que contava com 630 navios e mais de 30 mil colaboradores, fundiu-se há alguns anos com a alemã Hamburg Süd, que também estava entre as dez maiores. Outro aspecto importante, diz respeito as alianças globais. Armadores que competiam ferozmente antes da crise do Subprime, hoje operam juntos nos mesmos navios. O mercado de frete marítimo é puxado essencialmente pela oferta e demanda dos agentes do mercado. Quando a procura é maior que a capacidade de produção, os preços irão subir, tirando o peso as alianças globais e consolidações.

Por: Charlene Pavloski

Fonte: Suno

O container NOR “Non-Operating Reefer”, ou seja, é um Reefer fora de operação utilizado para importação de carga seca.

Devido à grande demanda das exportações de carnes do Brasil para outros países, especialmente países como a China, faz-se necessário o reposicionamento destes equipamentos para atender novamente a demanda de exportações no Brasil, porém a demanda por containers Reefer nas exportações superam em muito a demanda nas importações fazendo com que haja um déficit de equipamentos disponíveis nos terminais portuários.

Uma das formas encontradas, para balancear o reposicionamento desses containers, é a utilização deles para cargas gerais na importação, que possam ser transportadas nestes equipamentos com segurança sem que ocorram danos ao equipamento e carga.

O volume da carga é importante na hora de se optar pelo equipamento NOR. A capacidade volumétrica do equipamento de 40 pés NOR é de até 9 m³ menor se comparado ao equipamento de 40 pés HC.

Uma das grandes vantagens na utilização destes equipamentos está diretamente ligada ao preço, o container NOR, pode representar uma economia de frete de em torno de 30% se comparado com o valor de frete de um container DRY dependendo da demanda por estes.

É importante analisar antes do embarque o tipo de mercadoria a ser transportada neste tipo de equipamento, pois, a parede interna possui um isolamento térmico feito de poliuretano e revestido com alumínio ou aço inoxidável que pode ser avariado dependendo o tipo de carga ou amarração utilizada.

E você já importou cargas utilizando este tipo de equipamento antes?

Na dúvida consulte-nos, nosso setor de logística possui profissionais qualificados que podem lhe auxiliar na tomada de decisão para o contrato de embarque neste tipo de equipamento.

Por Maicon Lorandi de Mello.

Fontes:
http://www.unq.com.br/blog/o-que-e-container-nor/
https://portogente.com.br/portopedia/78340-nor

Principalmente em função da elevada taxa cambial percebeu-se um aumento no volume de processos de exportação. E, com este aumento de demanda, somados aos resquícios oriundos da greve dos caminhoneiros e ainda, ao acontecimento simultâneo dos jogos, a cadeia de logística internacional tem sentido alguns impactos.

O modal aéreo por sua vez, tem sido o mais afetado. Isso porquê a maioria das cargas embarcam em aeronaves de passageiros e não em voos exclusivamente cargueiros. Deste modo, como o número de passageiros alavancou em função da Copa e, visto que, a bagagem acompanhada tem preferência para embarque, a confirmação de espaços em voos imediatos para cargas desacompanhadas tornou-se mais difícil.

Nestes casos, conforme rege a lei de oferta x demanda, as companhias áreas tendem a priorizar o embarque de cargas comuns desacompanhadas cuja tarifa negociada para o voo em questão seja mais elevada.

E, decorrente deste aquecimento de mercado, o fluxo de embarques no transporte marítimo também surtiu efeito. Além de o frete para determinadas rotas estar bastante disputado, como é o caso dos Estados Unidos, alguns armadores têm declinado pedidos de booking em função da falta de espaços nos navios.

Por hora, a reestabilização dos processos logisticos é indefinida.

Por Fabíola Girotto.

No transporte de cargas marítimo, são utilizados containers padronizados. Os de 20 ou 40 pés são os mais comuns. Acomodam, respectivamente, 30 m³ ou 20 tons e 60 m³ ou 25 tons, no máximo.

Um container FCL (full container load) é utilizado por aqueles que têm uma grande quantidade de produtos para enviar. Se você tem mercadorias frágeis – como máquinas, por exemplo -, este pode ser um fator decisivo a favor dos embarques FCL. Além disso, seus bens serão todos entregues juntos, prontos para ser desembalados ou rapidamente transferidos para um caminhão ou trem até o seu destino final.

Já o container LCL (less container load), é um container não totalmente carregado. Nos embarques LCL, você paga para sua carga ser enviada com uma ou demais cargas de outros clientes utilizando o mesmo serviço do armador. Se você sabe que suas mercadorias não preenchem um container de 20 pés, o embarque LCL é a opção mais prudente em termos de custos e conveniência. Além disso, ao utilizar os serviços de transporte LCL, você não precisa se preocupar com o retorno do container após a desova justamente por ele ser compartilhado por outras empresas.

As cargas contidas nos containers podem ser as seguintes:

1) Carga geral

É a carga embarcada e transportada com acondicionamento (embalagem de transporte ou unitização), com marca de identificação e contagem de unidades.

2) Carga frigorificada

É a carga que necessita ser refrigerada ou congelada para conservar as qualidades essenciais do produto durante o transporte, tais como frutas frescas, carnes, etc.

3) Carga perigosa

É a carga que, em virtude de sua natureza, pode provocar acidentes, danificando outras cargas ou os meios de transporte e colocando em risco as pessoas que a manipulam. As Recomendações para o Transporte de Produtos Perigosos das Nações Unidas, com base no tipo de risco que apresentam, dividem esse tipo de carga nas seguintes classes: explosivos, gases, líquidos inflamáveis, sólidos inflamáveis e semelhantes, substâncias oxidantes e peróxidos orgânicos, substâncias tóxicas (venenosas) e substâncias infectantes, materiais radioativos, corrosivos e variedades de substâncias perigosas diversas.

Frisamos a importância da escolha do tipo de container para que o seu embarque ocorra com sucesso, não gerando atrasos ou valores mais altos do que o previsto.

Por Murilo Bernardi.