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O Brasil é o 3º maior produtor de milho no mundo, ficando atrás apenas dos EUA e da China. Apesar disso, o baixo volume de chuvas entre os meses de abril e maio desse ano prejudicou a safra brasileira, que foi bem menor do que o volume esperado.

Por conta disso, o Porto de Paranaguá deve receber, nos próximos dias, mais um navio de milho vindo da Argentina. Essa importação nada habitual, considerando que o Brasil é um grande exportador do produto, deve-se ao aumento da demanda para consumo interno, principalmente para consumo animal, somado à baixa na safra, o que fez os preços da commodity dispararem.

As três primeiras importações já realizadas através do porto paranaense somam 102.799 toneladas de milho, e segundo Marco Ghidini, presidente da Fortesolo – empresa responsável por essas importações – a expectativa é receber mais 35 a 40 mil toneladas do produto a granel.

Vale lembrar, ainda, que desde o final de abril desse ano a alíquota do imposto de importação para o milho está suspensa. A decisão, que partiu do Comitê-Executivo de Gestão (Gecex) e da Câmara de Comércio Exterior (Camex), visa tornar mais viável a compra da commodity, uma vez que ‘’as cotações internacionais tiveram comportamento de alta, pressionando ainda mais os preços internos’’, como explica a nota divulgada pelo Ministério.

O Porto de Paranaguá já recebeu importações de milho em outros anos, porém a descarga é inédita para o operador responsável dessa vez, que é especialista em movimentação e armazenamento de fertilizantes. Segundo Ghidini, a importação dos grãos exige muitos cuidados, por isso a equipe vem atuando 24 horas por dia para garantir um escoamento ágil e uma entrega o quanto antes para o produtor rural.

A produção recorde da Argentina está contribuindo com o mercado brasileiro ao mesmo tempo que gera oportunidade de operações portuárias pouco comuns, aumentando assim a expertise de agentes brasileiros.

Fonte: Portos e Navios (https://www.portosenavios.com.br)

Por: Marcel Mazzochi Negrini