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O estado de Santa Catarina enfrenta desafios no setor portuário devido às condições climáticas adversas, resultando na paralisação das operações e uma fila de navios em alto-mar aguardando permissão para atracar nos portos de Itajaí e Navegantes. Como resultado, existe o potencial de atrasos na chegada de navios ao porto de Rio Grande.

Na última segunda-feira, alguns navios permaneceram ancorados, uma situação provocada pela suspensão das atracações no Complexo Portuário do Itajaí-Açu devido às condições climáticas. Parte dos navios programados para atracar na Portonave nos próximos dias desviou sua rota para outros terminais, como o Porto de Paranaguá. Outros permanecerão na área aguardando uma “janela” de oportunidade para retomar as operações.

As condições de navegação, incluindo vento, correntes marítimas e a correnteza do Rio Itajaí-Açu, são avaliadas pela Praticagem e certificadas pela Marinha do Brasil, que decide sobre a abertura ou o fechamento do canal.
Com a previsão de mais chuvas e enchentes em cidades como Rio do Sul, a tendência é que a correnteza do Rio Itajaí-Açu permaneça intensa nos próximos dias, tornando incerta a retomada das manobras. Além disso, os portos de Itapoá e São Francisco do Sul, localizados no norte do estado, e o porto de Imbituba, no sul, não enfrentam o mesmo impacto das correntezas fluviais, pois suas instalações ficam em áreas marítimas, sem interferência direta de rios. No entanto, esses terminais também estão sendo monitorados quanto às condições de operação. Como resultado, espera-se que o tráfego de navios no porto de Rio Grande possa ser afetado por atrasos decorrentes desse cenário complexo.

Por: Pedro H Moretto Rodrigues

Na manhã do dia 12 de abril de 2021 o porto de Rio Grande foi obrigado a suspender suas operações após o barco pesqueiro Vencedor III colidir contra o navio WL Kirillov, que estava indo em direção ao oceano. A colisão ocorreu próximo ao Terminal de Containers (Tecon), por volta das 10 horas da manhã, ocasionando o naufrágio do pesqueiro.

O canal ficou cerca de 28 horas obstruído, enquanto a Marinha inspecionava o barco afundado e realizava as vistorias em busca de possíveis vestígios da colisão. Identificou-se pedaços de rede que estavam presentes no barco pesqueiro e um pequeno vazamento de combustível. Por volta das 16 horas do dia 13/04, o tráfego no porto começou a ser parcialmente liberado, todavia continuaram com a varredura por todo o canal, na tentativa de garantir a retirada de todos os vestígios e evitar novos acidentes.

As autoridades estão em busca de informações sobre o ocorrido e possíveis motivos e culpados. Ainda não sabem o prejuízo total causado pelo acidente, mas estima-se a perca de milhares, visto que na hora do ocorrido haviam 8 navios esperando para adentrar no porto e 8 navios esperando para sair, além das embarcações que sofreram atrasos durante essas 28 horas em que o porto esteve inoperável.

Na quarta-feira (14), o barco pesqueiro ainda se encontrava parcialmente afundado, no entanto foi afastado até uma área onde não impossibilitaria o fluxo de entrada e saída dos navios do porto, até que as varreduras pelo canal fossem finalizadas e o barco devidamente retirado.

Fonte: https://g1.globo.com/

Autora: Milena Nunes Arendt