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Crédito da imagem – tawatchai07

 

Neste ano de 2021, o produtor rural já sofreu com o aumento de mais de 100% nos custos com insumos como fertilizantes e agroquímicos na produção de algumas culturas como a soja e o milho e a tendência para o próximo ano é de que este quadro se mantenha.

Para 2022, há alguns fatores internacionais que devem ser monitorados: os gargalos do transporte marítimo, o comportamento da Covid-19, a oferta global de insumos e o comércio internacional. A previsão para o próximo ano é uma safra de grãos recorde (289 milhões de toneladas, 14% a mais que a safra deste ano). O custo de produção deve ser um dos mais altos da história devido ao atual cenário de custos elevados com os insumos.

As exportações do agronegócio bateram recorde no período de janeiro a novembro deste ano, atingindo o valor de US$ 110,7 bilhões, superando o ano de 2018 (US$ 101,2 bilhões). Na comparação com o mesmo período de 2020, o crescimento foi de 18,4%.

Neste ano, os principais produtos do agronegócio brasileiro exportados foram soja em grãos, carne bovina, açúcar de cana, farelo de soja e carne de frango. Os principais destinos foram China, União Europeia, Estados Unidos, Tailândia e Japão. Esses países responderam por 62% dos consumidores que adquiriram os itens brasileiros. O país onde foi registrada a maior expansão das vendas externas em 2021 foi o Irã (71,3%), com receita de US$ 734 milhões.

As estimativas foram feitas nesta quarta (8), durante a entrevista coletiva de final de ano da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA). A CNA também prevê que a China deve se manter como o principal parceiro comercial do Brasil para os produtos do agronegócio.

Autora: Vanessa Volpini

Crédito: jcomp

O preço da carne no Brasil pode cair após sucessivos aumentos nos últimos meses. Isso porque foram confirmados dois casos de Encefalopatia Espongiforme Bovina (EEB) no país, conhecida entre as pessoas como doença da vaca louca.

O mercado físico do boi gordo registrou preços mais baixos nas principais praças de produção e comercialização do país nesta quinta-feira (09).

Os frigoríficos exportadores seguem em seu trabalho de remanejar as escalas de abate até que haja uma posição concreta por parte da China. Já há notícias de tentativas de renegociação de contratos por parte de importadores chineses.

O preço da carne, que aumentou 26% no último ano, na Capital, pode ter alguma queda com a suspensão das exportações para a China.

É muito mais vantajoso para os produtores venderem para o mercado externo, por causa do dólar, que se mantém em alta. A alta do dólar e o aumento das exportações de carnes, inclusive, foram responsáveis por um superávit de US$ 3 bilhões em Mato Grosso do Sul, em agosto. Esse é o montante que o Estado exportou a mais em relação ao que foi importado. O volume de vendas em dólares é 15,3% maior em agosto, na comparação com mesmo período de 2020.

A redução do volume das exportações de carne ao mercado internacional, pode gerar um volume maior de carne no mercado doméstico, provocando uma possível redução nos preços locais. Além disso, a redução das exportações poderá provocar uma redução nos abates bovinos no Brasil. Se diminuir a necessidade por abate, a tendência é o preço cair por uma questão momentânea de suspensão das vendas externas.

Por Vanessa Volpini – Depto. De Exportação