A balança comercial registrou o seu melhor saldo da história para o primeiro semestre desde 1989. Beneficiada principalmente pela elevação no preço das comodities, o país exportou USD 37.496 bilhões a mais que as importações. Até o momento o melhor resultado do primeiro semestre da balança comercial havia sido em 2017, registrando superávit de USD 31.922 bilhões.
Batendo recorde no mês de junho, as exportações superaram as importações em USD 10.372 bilhões, resultado quase 60% maior que o mesmo período de 2020. No mesmo mês de junho, tanto as exportações quando as importações superaram o mesmo período do ano passado, com um aumento de cerca de 60,8% e 61,5% respectivamente, e as exportações novamente batendo recordes históricos.
Em junho de 2021, todos os setores registraram avanço nas vendas para o exterior. Com o auge da safra de grãos, as exportações agropecuárias registraram crescimento de 25%, destacando-se o algodão bruto (+111,4%) e o café torrado com avanço em 45%. Já com a valorização dos minérios, a indústria extrativista registou aumento de 175,8%, destacando-se o minério de ferro e os óleos brutos de petróleo com aumentos de 172,1% e 208,9% respectivamente.
No lado das importações, o setor agropecuário foi responsável pelo aumento de 61,1% das compras do exterior em comparação com junho do ano passado. A Industria de transformação registrou alta de 66,3% e a extrativista de 25,5%, impulsionados principalmente pelo veículos automotivos, combustíveis, gás natural e soja.
O Governo Federal reajustou suas expectativas de crescimento para este ano, passando de USD 89,4 bilhões para USD 105,3 bilhões de superávit da balança comercial, o que garantiria um resultado recorde. Essa projeção do governo está bem mais otimista que a divulgada pelos especialistas de mercado, que projetam um superávit de USD 68,8 bilhões.
Fonte: www.comexdobrasil.com
Elaborado por: Júlio Cezar Mezzomo