A China é a principal fornecedora de equipamentos de energia solar para o mercado brasileiro e estes produtos geralmente possuem tarifas de importação de 12% a 14%. Porém desde o início de agosto deste ano, o governo federal zerou as alíquotas de importação destas mercadorias vindas da China e esta medida foi aprovada para até o final de 2021. Conforme o professor do departamento de economia da UFPE, Fernando Mendonça, acredita-se que esta medida foi positiva, pois em 2019 este mercado teve crescimento no Brasil de 75% em relação ao ano de 2018 e com a alta do dólar, o custo destes produtos aumentou aproximadamente 30%.
O professor explica que o intuito do governo é aumentar as importações para consequentemente elevar as vendas deste mercado: “É possível que o foco tenha sido
exatamente este, a recuperação da rentabilidade do mercado, já que a medida vence em 2021”, porém ressalta que haverá dificuldades, devido a pandemia: “É importante lembrar que a demanda está mais restrita agora do que antes, até por causa da pandemia. Não é possível, portanto, esperar grandes vendas no momento”.
Para revendedores brasileiros destes produtos se torna interessante a liberação destas alíquotas, pois a venda poderá ser mais lucrativa, porém conforme o arquiteto e administrador Rui Rodrigues Chaves, proprietário da Solar Fácil, há dúvidas quanto ao processo. Pois para a homologação, as concessionárias exigem certificado do Inmetro e registro de equipamentos como painéis e inversores, ele relata: “Já procurei alguns órgãos para saber como será isto, mas ainda não obtive respostas. Talvez seja um entrave”, e ainda destaca: “Como vem tudo de fora, como será a assistência técnica e o serviço? Por isso, embora acho que possa ser uma coisa boa caso estas questões sejam contornadas, prefiro continuar atuando com grandes distribuidores no Brasil”, finaliza.
Por Amanda da Silva.
Referência: Blog Bluesol