No mês de maio, o Brasil registrou recordes de exportação e superávit, além das importações, que, mesmo sem superar marcas históricas, também fecharam o mês em expressiva alta. Em partes, isso é reflexo da recuperação econômica nacional e dos principais parceiros comerciais do Brasil.
No quinto mês deste ano, o Brasil exportou US$ 26,9 bilhões, resultando em um crescimento de 46,5% em relação ao mesmo mês do ano passado. As importações também tiveram crescimento significativo, atingindo US$ 17,7 bilhões, com alta de 57,4%, se comparado ao mesmo período de 2020.
Herlon Brandão, subsecretário de Inteligência e Estatísticas de Comércio Exterior, afirma que o crescimento das vendas externas foi motivado tanto pelo aumento dos volumes quanto pelos preços, mas, principalmente, pelo aquecimento dos preços internacionais dos produtos vendidos pelo Brasil. Ele explicou que o crescimento das exportações no mês foi impulsionado por um forte aumento de vendas externas das três categorias de produtos – Agropecuária (+43%), Indústria Extrativa (+85,8%) e Indústria de Transformação (+34,6%) – em relação a maio do ano passado. Brandão também destacou os resultados positivos nas quantidades exportadas pela Indústria de Transformação, que teve alta de 15%.
A Secex também registrou uma curva ascendente nas importações nos últimos três meses. Houve crescimento em todas as categorias de bens, principalmente na Indústria de Transformação. Segundo Brandão, os bens intermediários têm se destacado no crescimento das importações, enquanto os bens de capital vêm numa crescente, porém em ritmo muito mais lento.
A Secex espera uma recuperação da economia global neste ano, com melhora do PIB dos principais parceiros do Brasil (China, EUA e Argentina). No mercado interno, há previsão da economia se ajustando, com aumento do consumo de bens em detrimento de serviços (a partir do avanço da imunização, acredita-se que o setor de serviços também deve aquecer).
Fonte: Ministério da Economia
Autora: Andressa Carvalho